O Guia Afetivo da Periferia, de Marcus Vinicius Faustini, no entanto, mais que mostrar um vivido Rio “periférico” revela um rio interior e portanto “central”: os sentidos do próprio autor e por essa janela aquilo que, pelo jeito só os alemães conseguiram reduzir a uma palavra: weltanschaaung (a “visão de mundo” na falta de outra palavra).
Mas é interessante como, através de sua visão extremamente pessoal, descobrimos um Rio de Janeiro (e posso dizer um Brasil) moderno, que foi sendo construído da década de 1980 para cá. Um Rio sem políticas públicas mas com sons, cheiros, ruídos, visões, sobrevivências, desfoques, encontros, tramas, conexões, enfim construcões de toda sorte à margem dos poucos programas públicos mas contendo aquilo que Jane Jacobs considera essencial para a vida de qualquer cidade: a diversidade das pessoas com suas vontades.
Portanto, além de muito saborosa, é generosa a narrativa. Ela nos permite, ao olhar para o que fi(a)zemos, pensar sobre o que somos e quem sabe, nos ajudar a construir o que queremos. Algumas das bússolas deste século 21, vislumbradas neste Guia, já aparecem apontar alguns dos caminhos: A noção e a presença do Território como foco prioritário das ações urgentes para o desenvolvimento sustentável – parece ser um deles.
Faustini nos entrega, como presente, uma caixa natalina contendo um kit com um jogo de lentes que aproximam/distanciam (cinema, talvez?), além de cartas para embaralhar num moderno Jogo da Memória onde o objetivo é juntar pares por oposição e não semelhança, acompanhado de uma Fita com uma Trilha Sonora de Sons e Sentidos. Mas, repare: olhando bem você vai notar que no fundo da caixa está escrito Tupperware.
SENSACIONAL. Se não leu, leia! Muito divertido.
"Faustini inaugura com Guia Afetivo da Periferia um novo gênero de literatura: a literatura memória do presente. Um conceito novo onde ele não mais representa suas lembranças de menino, mas atua no presente com uma viagem que se abre em infinitas possibilidades do percorrer, do transitar e do agir. Com a vantagem suplementar e deliciosa de ser extremamente bem escrito."
Heloisa Buarque de Hollanda
Mas é interessante como, através de sua visão extremamente pessoal, descobrimos um Rio de Janeiro (e posso dizer um Brasil) moderno, que foi sendo construído da década de 1980 para cá. Um Rio sem políticas públicas mas com sons, cheiros, ruídos, visões, sobrevivências, desfoques, encontros, tramas, conexões, enfim construcões de toda sorte à margem dos poucos programas públicos mas contendo aquilo que Jane Jacobs considera essencial para a vida de qualquer cidade: a diversidade das pessoas com suas vontades.
Portanto, além de muito saborosa, é generosa a narrativa. Ela nos permite, ao olhar para o que fi(a)zemos, pensar sobre o que somos e quem sabe, nos ajudar a construir o que queremos. Algumas das bússolas deste século 21, vislumbradas neste Guia, já aparecem apontar alguns dos caminhos: A noção e a presença do Território como foco prioritário das ações urgentes para o desenvolvimento sustentável – parece ser um deles.
Faustini nos entrega, como presente, uma caixa natalina contendo um kit com um jogo de lentes que aproximam/distanciam (cinema, talvez?), além de cartas para embaralhar num moderno Jogo da Memória onde o objetivo é juntar pares por oposição e não semelhança, acompanhado de uma Fita com uma Trilha Sonora de Sons e Sentidos. Mas, repare: olhando bem você vai notar que no fundo da caixa está escrito Tupperware.
SENSACIONAL. Se não leu, leia! Muito divertido.
"Faustini inaugura com Guia Afetivo da Periferia um novo gênero de literatura: a literatura memória do presente. Um conceito novo onde ele não mais representa suas lembranças de menino, mas atua no presente com uma viagem que se abre em infinitas possibilidades do percorrer, do transitar e do agir. Com a vantagem suplementar e deliciosa de ser extremamente bem escrito."
Heloisa Buarque de Hollanda
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