Por Simone P. Cardoso
Quantas e quantas pessoas já se encontraram na situação de estar envolvido com alguém, seja namorado (a), noivo(a) ou marido(esposa) que depois de um tempo (meses ou anos) veio a descobrir que essa pessoa é dependente química de cocaína, maconha, alcóol, antidepressivos (a lista é enooorme).
Inúmeras!!!
Quando você descobre que a pessoa com quem se relaciona é um(a) usuário(a) de drogas, você fica sem chão, decepcionada(o), tenta ajudar de todas as maneiras. A cada dia que passa parece que nada aconteceu, e que apenas você está remando contra a maré.E de repente que você percebe que está de FATO se relacionando com um dependente químico, que é a pessoa que perde o controle sobre o consumo da droga. Torna-se adicto, que quer dizer escravo. A droga passa a ser o centro de sua vida. Ele sempre acha um modo de conseguir a droga.
Todos começam usando pouco, só no final de semana e quando “pinta”. Depois, o fim de semana passa a começar já na quinta feira.
Todos começam usando pouco, só no final de semana e quando “pinta”. Depois, o fim de semana passa a começar já na quinta feira.
Dependência química é uma doença e é muito difícil ele aceitar essa condição, pois a doença é marcada pela negação. “Eu não sou viciado(a), paro quando quiser!” O fato é que, se ele pudesse realmente deixar de usar a droga, já o teria feito.
Quanto a ajudá-lo(a), é importante saber se ele(a) quer ajuda. Ele acredita que tem um problema? Ajudar alguém que não se considera com problemas é muito difícil. Acaba acontecendo apenas em casos mais radicais onde é preciso uma intervenção mais drástica como internação ou outras formas de contenção. Até que a situação chegue a esse ponto, o máximo que podemos fazer é conversar.
Cuidado: Se não você pode se tornar um codependente - Codependência é um termo da área de saúde usado para se referir a pessoas, geralmente parentes, fortemente ligadas emocionalmente a uma pessoa com séria dependência físicae/ou psicológica de uma substância (como álcool ou drogas ilícitas) ou com um comportamento problemático e destrutivo (como jogo patológico ou um transtorno de personalidade). É um fato conhecido que a dependência patológica causa grande impacto e sofrimento na vida das pessoas próximas, mas poucos percebem como a codependência é altamente prejudicial para ambas partes envolvidas. Ao invés de ajudar o dependente a melhorar, certos tipos de codependentes acabam reforçando o comportamento patológico.
O codependente acredita que sua felicidade depende da pessoa que tenta ajudar, e assim se torna dependente dele emocionalmente, procurando ajudá-lo seja sendo excessivamente permissivo, tolerante e compreensivo com os abusos do outro, seja sendo excessivamente controlador, perfeccionista e autoritário. É comum que o codependente coloque as necessidades do outro, acima de suas próprias. É comum que desenvolvam duplo vínculo.
Indicação literária
Algumas das características do codependente, segundo o livro "Co-dependência" nunca mais de Melody Beattie, são:
- Considerar-se e sentir-se responsável por outra(s) pessoas(s) – pelos sentimentos, pensamentos, ações, escolhas, desejos, necessidades, bem-estar, falta de bem-estar e até pelo destino dessa(s) pessoa(s).
- Sentir ansiedade, pena e culpa quando a outra pessoa tem um problema.
- Sentir-se compelido – quase forçado – a ajudar aquela pessoa a resolver o problema, seja dando conselhos que não foram pedidos, oferecendo uma série de sugestões ou equilibrando emoções.
- Ter raiva quando sua ajuda não é eficiente.
- Comprometer-se demais.
- Culpar outras pessoas pela situação em que ele mesmo está.
- Dizer que outras pessoas fazem com que se sinta da maneira que se sente.
- Achar que a outra pessoa o está levando à loucura.
- Sentir raiva, sentir-se vítima, achar que está sendo usado e que não senta sendo apreciado.
- Achar que não é bom o bastante.
- Contentar-se apenas em ser necessário a outros.
Nem toda forma de apoio, compreensão e altruísmo são problemáticos, eles podem ser muito úteis e importantes para o funcionamento da família, só se tornam problemáticos quando causam grande sofrimento aos envolvidos e não ajudam a resolver o comportamento patológico da pessoa-problema.
Fonte: Wikipédia
Quanto a planos futuros, é muito importante que você faça os seus planos de acordo com a realidade: Se ele(a) é usuário de substâncias psicoativas, não adianta planejar nada com a pessoa. Ele(a) usa e até que algo mude e continuará usando. Será que ele(a) vale a pena, mesmo tendo esses hábitos?
Independente da sua decisão, lute sempre pela sua felicidade, mesmo que seja sem ele(a).
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