Namorados (as) manipuladores(as)

Livro: Os manipuladores estão entre nós - de Isabelle Nazare-Aga

Quem são os manipuladores? Que máscaras usam? Como podemos nos proteger desses terroristas dos sentimentos? Nesta obra, Isabelle Nazare-Aga responde a essas perguntas e mostra até que ponto os manipuladores estão presentes à nossa volta. Simpáticos, sedutores, reservados, altruístas ou francamente tirânicos, os manipuladores adotam diferentes atitudes e empregam diversas manobras para conseguir seus objetivos. São relacionamentos caracterizados por um enorme desgaste psíquico e, às vezes, até somático. O livro é destinado aos profissionais do campo da ajuda , ao corpo jurídico e diretamente a cada indivíduo.

Segue 30 atitudes tipo deste tipo de personalidade patológica...

1. Culpabiliza os outros em nome do laço familiar, da amizade, do amor e da consciência profissional
2. Faz os outros acreditarem que devem ser perfeitos, e devem estar sempre prontos a responder aos seus pedidos e questões.
3. Utiliza os princípios morais dos outros para satisfazer as suas necessidades (cortesia, humanismo, solidariedade, gentileza, generosidade).
4. Põe em dúvida a competência, as qualidades e a personalidade dos outros: critica, desvaloriza e emite juízos de valor.
5. Poderá ser invejoso, mesmo sendo um parente ou um cônjuge.
6. Utiliza lisonjas para nos agradar, dá-nos presentes e põe-se de repente com mil cuidados para nós.
7. Desempenha o papel de vítima para que tenham pena dele (doença exagerada , sobrecarga de trabalho, etc).
8. Demite-se das suas responsabilidades, atribuindo-as aos outros.
9.Não comunica claramente os seus sentimentos, pedidos e necessidades.
10.Responde muitas vezes de maneira vaga.
11. Muda repentinamente de assunto no decorrer de uma conversa.
12. Evita ou escapa da conversa.
13. Manda recados por outros ou intermediários, ou deixa notas escritas.
14. Invoca razões lógicas para disfarçar os seus pedidos.
15. Prega o falso para ficar a saber o verdadeiro, deturpa e interpreta.
16. Não suporta a crítica e nega as evidências.
17. Ameaça de modo disfarçado ou, no limite faz chantagem abertamente.
18. Semeia a discórdia e levanta a suspeição, divide para melhor reinar e pode provocar a separação de um casal.
19. Muda as suas opiniões, comportamentos e sentimentos, de acordo com as pessoas e as ocasiões.
20. Mente.
21.Aposta na ignorância dos outros e faz acreditar na sua superioridade.
22. É egocêntrico.
23. O seu discurso parece lógico ou coerente, ainda que as suas atitudes, atos e modos de vida correspondam e demonstrem o oposto.
24.Utiliza muito frequentemente o último instante para pedir, ordenar ou fazer outra pessoa atuar.
25.Não toma em consideração direitos, necessidades e desejos dos outros.
26. Ignora os pedidos dos outros, mesmo quando diz estar a considerá-los.
27. Provoca um estado de mal-estar ou um sentimento de falta de liberdade (armadilha).
28.Leva-nos a fazer coisas que provavelmente não teríamos feito por nossa própria vontade.
29. É eficaz em atingir os próprios fins à custa dos outros.
30. É constantemente o objeto de discussões entre pessoas que o conhecem, quando não está presente (mas nem sonha que isto possa acontecer).

O livro refere em traços gerais:

- de inicio quando se dá a conhecer, a maioria das vezes conquista-nos pela sua originalidade, simpatia, cortesia, encantamento, generosidade, um passado marcado por abandono, de que sobreviveu graças à sua coragem e força de vontade.
- este é um tipo de personalidade patológica que nem com ajuda médica melhora, nem nunca muda.
- não é mau feitio, é patologia, narcisismo, egoísmo, egocentrismo, culpabilização constante dos que o rodeiam….
- é um tipo de pessoa que enreda a sua “presa” numa teia de aranha e confusão mental de tal ordem, de que só com muita força, luta e determinação se consegue sair dela.
- é um tipo de pessoa que raramente parte para a violência física, pois isso deixa marcas evidentes (calculista, nunca corre o risco de criar má imagem perante os outros, nem ficar mal com a lei), então joga pela violência verbal, psicológica, chantagem, de desgraçado (que nos faz sentir pena dele) e nos mantém subtilmente a seu lado, convencendo-nos de que não o podemos largar senão não somos nada, e ele próprio precisa de nós para sobreviver (nesta altura usa o lisonjeio, o elogio e os pedidos de desculpa para nos convencer e termos pena dele)
- não olha a meios para atingir fins e faça o que fizer, certo ou errado, acha sempre que tem razão.
- cada vez que sente que está a perder o controle sobre a sua “presa/vítima”, ataca de novo com armas cada vez mais poderosas e ofensivas.
- é um tipo de personalidade que é reconhecida com muito mais clareza pelos que o rodeiam, mas não vivem com ele, isto é, os que estão de fora.