...surgiu, como se desintoxicar do homem errado, mas com o tempo mudou para "Como se desintoxicar da pessoa errada". Existem mulheres e homens intoxicados.Tanto as mulheres quanto os homens tem sua parcela de culpa por se intoxicarem pelas pessoas erradas, afinal, todos temos o livre arbítrio, temos como escolher, cada um tem a sua responsabilidade! Esse blog surgiu para trocar experiências, dar um ponto de vista diferente para que seja feita a auto-análise para mudar algo....descubra o que será mudado em você. Seja feliz. Sua felicidade depende somente de você!!! Não coloque a responsabilidade de sua felicidade em alguém que não possa te fazer feliz.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Quem foi Louise Brooks?

Por Simone P. Cardoso...Só o que está em vermelho

Quando eu era pré-adolescente assisti um clipe na MTV que eu adorei. Fiquei hipnotizada pela moça do clipe. Ela era muito misteriosa e tinha um magnetismo forte.
A música é muito dançante e fixa na memória. Dancei muito essa música depois de anos em festas que remetiam a temas do passado (festa dos anos 70,80 e 90). Navegando pelo youtube, encontrei o clipe, ouvi a música após anos e descobri quem era a moça do clipe. Ela foi uma revolucionária em seu tempo, pois ela creditava em seus sonhos e ideiais., ao meu ver ela foi a quitessência do cinema mudo.Vejam o clipe e relembrem da música...



Ela foi Louise Brooks a musa do cinema mudo... No longínquo ano de 1955, houve uma exposição em Paris para comemorar os 60 anos do cinema. Quando os representantes da delegação norte-americana chegaram ao Museu de Arte Moderna para conferir o evento deram de cara com um cartaz em que aparecia uma atriz norte-americana do cinema mudo chamada Louise Brooks. O pessoal não entendeu a honra conferida àquela moça e perguntou por que ela em evidência no cartaz e não divas consagradas como Greta Garbo ou Marlene Dietrich. O fundador e diretor da Cinemateque Française, Henri Langlois, respondeu, certamente com a suave e mortal empáfia de que só os franceses são - ou eram - capazes: "Não existe Garbo. Não existe Dietrich. Existe apenas Louise Brooks". A frase ganhou contornos de profecia e o episódio entrou para a história. Muitas mulheres lindas desfilaram por Hollywood e conquistaram a Meca do cinema desde que alguém teve a idéia de levar uma câmera de filmar para aqueles lados de Los Angeles, mas Louise foi mais longe: conquistou o coração das pessoas que garimpam no lixo da história preciosidades para exibi-las no panteão da arte. Enquanto as outras foram aos poucos desaparecendo, Louise emergiu de uma quase absoluta obscuridade desde os anos 20 para em diante tornar-se símbolo sensual de um período.A rapariga, como dizem os portugueses, fez 40 anos antes tudo ou quase tudo ou mais um pouco que Leila Diniz fez 40 anos depois. Mary Louise Brooks, a garotinha que nasceu no Kansas no dia 16 de novembro de 1906; aos quinze anos de idade já estava na Denishaw Dance Company em Nova York e em 1924, com dezenove aninhos, perfilava no celebre Ziegfeld Follies.

Não bastasse, posou nua, namorou vários sujeitos, incluindo Charles Chaplin, fixou condições de trabalho em Hollywood, desafiou diretores, enfrentou o sistema e foi banida pelo sistema que não premia maus exemplos. Em compensação, foi reconhecida na Europa como alguém acima da mediocridade que reina no universo das estrelas e dos astros de Hollywood quando os holofotes se apagam. Os que buscam ícones do passado nos livros de história ou na internet certamente encontraram pelo menos uma vez a moça de olhar petulante, cabelos curtos (look chamado Brooksie, que a atriz usava para disfarçar o rosto curto, a testa larga demais e a boca pequena e emoldurar o que tinha de mais marcante, os olhos), sem saber que foi uma atriz de gênio fortíssimo, que fez 25 filmes entre 1924 e 1938. Ou então viram suas fotos ousadas para os remotos anos 20, como posar nua em pelo, incluindo nus frontais, tabu em Hollywood durante muitas décadas. A moça era do balacobaco.

O declínio de Louise Brooks em Hollywood começou em 1928 quando o produtor B. P. Schulberg recusou dar um aumento exigido pela atriz, que largou a Paramount e foi baixar na Alemanha para filmar A Caixa de Pandora, a convite do G. W. Pabst. Este filme, curiosamente, deu grande notoriedade a Louise, embora a sua recepção tenha sido inicialmente excessivamente negativa. A exacerbada sensualidade da personagem Lulu, que teria sido inspirada na própria atriz, perpassa o filme de ponta a ponta e choca todo mundo que o vê.

Para se ter uma idéia, nos Estados Unidos ele teve o final alterado para a personagem se regenerar e não dar mau exemplo, assim, nesta versão Lulu toma jeito, deixa de ser tarada e entra para o Exército da Salvação. Era demais para a época aquela fêmea fatal que se aproximava dos homens para os devorar e destruir. No final do ano em que fez A Caixa de Pandora, Louise retornou aos Estados Unidos ainda ressentida com a Paramount e jogou uma pá de cal no que restava de sua carreira em Hollywood. O cinema falado estava em evidência e os estúdios estavam sonorizando filmes mudos que não foram lançados. A atriz se nega a colocar voz em Canary Murder Case (O Drama de uma Noite), mesmo sob a oferta de US$ 10 mil devidamente acompanhada de uma ameaça: "Ou aceita ou nunca mais trabalha em Hollywood". A dona respondeu: "E quem quer trabalhar em Hollywood?". Era ou não era petulante a tipa? Os produtores rangeram os dentes e se vingaram: espalharam que a voz da atriz era horrível e por esta razão não dublou o filme. Na transição do cinema mudo para o falado, dizer que alguém tinha uma voz horrível era dar um atestado de óbito para a carreira.

As vítimas caiam aos montes. Uma delas foi John Gilbert par constante de Greta Garbo, cuja voz fina e afeminada o deixava em dissonância com os papéis românticos que interpretava. Gilbert nunca mais foi o mesmo. O filme Cantando na Chuva, com Gene Kelly, explora este drama que soterrou muitas carreiras. Foi o que aconteceu a Louise, embora não tivesse problemas com a voz. Ela foi encostada pelos estúdios e esquecida pelo público.

Entre 1928 e 1939, Louise Brooks ainda faz algumas produções na Europa e nos Estados Unidos, mas quando, em 1943, retornou a Nova York, ela era uma desconhecida que conseguiu trabalho apenas na Rádio CBS, o que não deixa de ser ironia para quem não podia trabalhar no cinema por não ter uma voz agradável. Nos anos seguintes, ela se ralou para ganhar a vida, incluindo trabalhos de vendedora na loja Sak's, na Quinta Avenida. Em 1948, começou a escrever sua biografia, destruída seis anos depois. "Não estou disposta a escrever a verdade sexual que tornaria minha vida digna de ser lida", confessou com uma dose de sinceridade até hoje de espantar qualquer um. Mas ela explicava que a história de uma vida é feita de amores, ódios e conflitos sexuais e nem todas as pessoas estão preparadas para entender estes conflitos.

No entanto, se não publicou a sua autobiografia, ela não deixou o material se dissipar. Louise entrou de cabeça na literatura e seu livro Lulu em Hollywood virou best-seller, colhendo boas críticas até da New Yorker. Daí em diante, como outro ícone do cinema mudo, Greta Garbo, levou uma vida reclusa, com poucos amigos, sofrendo de artrite deformadora e uma crescente senilidade. Aos cinqüenta anos, Louise era uma sombra do que foi, precocemente envelhecida, alcoólatra, esquecida, amargurada, vivendo mal da pensão mensal da Fundação William S. Paley, curiosamente criada e mantida pelo fundador e presidente da CBS, um dos inúmeros ex-amantes de Louise.

O renascimento se deu por conta do interesse de James Card, curador do Museu Internacional de Fotografia da George Eastman House. O trabalho do sujeito era preservar filmes antigos, principalmente os filmes do cinema mudo, que estavam perto de desaparecer em decorrência da degradação do celulóide. Numa viagem à França, Card insistiu com Henri Langlois - lembram dele, o da Cinemateque Française - para lhe projetar Caixa de Pandora e Diário de uma Garota Perdida (Das Tagebuch einen Verlorenen, também de Pabst), este último sobre uma garota que é acolhida em um bordel, torna- se prostituta e depois monta o seu próprio estabelecimento, um puteiro, claro.

Langlois e Card se deixam seduzir por Louise. O primeiro a escolhe para o cartaz da mostra e profere a frase que decretou a caça dos amantes do cinema por Louise Brooks. O segundo resolveu ir atrás da atriz, que rejeitou a idéia de conversar com o sujeito. Mas ele insistiu tanto que acabou estabelecendo uma profunda e tumultuada amizade que se transformou em romance, o último de Louise Brooks. Card, impressionado com as cartas que Louise lhe enviava a convenceu a ser escritora. Mas antes de morrer em 8 agosto de 1987, teve tempo ainda de ver renascer das cinzas o grande mito sensual dos anos 20. Morreu em Rochester em 8 de agosto de 1985, aos 78 anos.

Fonte: www.parana-online.com.br

Agora eu quero assistir A caixa de Pandora. Quando eu assistir postarei...

4 comentários:

  1. isso q é viver intençamente
    morri de inveja dela

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  2. Olá passei no seu blo e amei tudo que escreve....como sou doadora de medula amei tudo que li em seu outro blog!!!!!
    Amei esse post ...que mulher maravilhosa a e o clip sem palavras!!!!
    Parabéns pelo seu blog adorei!!!!!!
    Bjos
    Cynthia
    Vc ganhou uma fã!!!!

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  3. Oi Priscilla, ela era do balacobaco para a época em que ela nasceu. Da uma invejinha mesmo heheheh

    Oi Cinthia, seja bem-vinda! Que ótimo que gostou de tudo fico muito feliz. Fico lisonjeada em ter uma fã, obrigad de coração.
    Unidos, vamos fazer a diferença em doação de medula, sangue e plaquetas. Cada um fazendo uma parte o mundo muda!
    Esse clipe é bem legal, dancei tanto ehehe
    Bjokas

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  4. Parabéns pelo post.
    Louise Brooks sem dúvida foi a musa do cinema mudo.


    Att.
    Pierre Douglas

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Espero que o blog tenha te ajudado e agradeço a sua participação com seus comentários.

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